Institucional

O que é a RINDAT?
A Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas (RINDAT) é uma rede de sensores especializados e centrais de processamento que permitem detectar, em tempo real, as descargas atmosféricas nuvem-solo, isto é, a maior parte das descargas que atingem o solo, em parte do território brasileiro.


SIMEPAR FURNAS INPE CEMIG
LPATS III/IV IMPACT LS700x LS8000

Iniciativas Pioneiras
Este sistema de monitoramento teve seu embrião ainda nos anos 80, com a iniciativa da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) de instalar e operar uma rede de sensores naquele estado. Após essa iniciativa, a Companhia Paranaense de Energia (COPEL) também entendeu ser importante o monitoramento de descargas atmosféricas em sua área de atuação e, em 1996, instalou e iniciou a operação de um sistema de monitoramento específico para as suas necessidades no estado do Paraná


Primeira Integração - RIDAT
No ano de 2000, Eletrobras FURNAS também vislumbrou como estratégica para seus negócios a informação qualificada de descargas atmoéricas e investiu em sistemas de monitoramento compatíveis com os instalados pela CEMIG e pela COPEL, visando uma integração entre essas iniciativas onde todos os participantes pudessem ter um sistema mais confiável. Dessa forma foi criada a RIDAT (Rede Integrada de Detecção de Descargas Atmosféricas), com o intercâmbio de informações entre os três operadores de redes de detecção até então isolados. Naquele momento a rede contava com cerca de 25 sensores e atuava principalmente nas Regiões Sul (Paraná), Sudeste e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul e Goiás) do Brasil.

Logo Rindat - Primeira Integração

Logo Rindat referente a primeira integração


Segunda Integração - RINDAT
Como a demanda e o interesse por esse tipo de informação qualificada cresceram, havia a necessidade de expansão e de aperfeiçoamento da rede. A expansão da RIDAT se deu com o ingresso do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), através do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) que também investiu em infraestrutura de monitoramento e processamento de dados. Em 2004, com o ingresso do INPE/ELAT no convênio, a rede passou a ser chamada de RINDAT (Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas), contando com aproximadamente 30 sensores ativos. Em 2012, a rede da RINDAT cresceu ainda mais e possui cerca de 40 sensores instalados nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Em área de monitoramento, a RINDAT ocupa a terceira posição no mundo, sendo superada somente pelas redes existentes nos Estados Unidos e Canadá.

Logo Rindat - Segunda Integração

Logo Rindat referente a segunda integração


Perspectivas para o futuro – Modernização e Ampliação
Nos últimos anos, todos os participantes da RINDAT têm realizado investimentos visando a atualização tecnológica da rede, bem como para a ampliação de sua área de atuação em outras áreas do Brasil.

Em 2012, a RINDAT cobre aproximadamente um terço do todo o território nacional. Os maiores esforços atuais estão focados na modernização da rede de sensores atualmente instaladas (onde os atuais sensores estão sendo substituídos por sensores de nova geração, que permitem maior capacidade de detecção) e de centrais de processamento atualizadas, que permitirão melhorar a performance na detecção dos eventos e de aumentar a precisão na detecção das descargas atmosféricas.

Há também esforços também sendo feitos para colocar novamente em operação sensores de mesma categoria da RINDAT existentes na Região Sul do Brasil e que podem contribuir para melhorar a detecção nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Logo Rindat Atual

Logo Rindat atual


Os Objetivos Principais da RINDAT são:
- Intercâmbio dos sinais obtidos pelos sensores das diferentes instituições envolvidas, com o objetivo de ampliar a área de cobertura e melhorar a qualificação das informações obtidas.

- Integração dos procedimentos de análise, manutenção e operação conjunta, de modo a otimizar os custos e minimizar as perdas de dados, aumentando a redundância da rede.

- Intercâmbio de informações técnico-científicas. Com base nas tecnologias atualmente disponíveis, a RINDAT apresenta as seguintes características principais: eficiência de detecção entre 70% e 90%, precisão de localização média entre 0,5 km e 2 km, precisão média da estimativa do pico de corrente das descargas de 20% a 50% e capacidade de discriminação entre as descargas nuvem-solo e intra-nuvem de cerca de 80% a 90%, sendo que estes valores variam regionalmente.